quinta-feira, 12 de junho de 2008

A quem fala da minha loucura


Ardendo. Jogando pra fora. E por fim, criticando tudo aquilo que no seu mais íntimo pensamento você reconhece que possivelmente não ousaria.
Eu não quero julgar, acredite. Não concordo com as regras de Amurai. Isso pra mim é coisa primitiva. Onde diálogos e palavras não podiam ser compreendidos.
E eu poderia até mandar uma carta sendo você o destinatário, perguntando pessoalmente qual seria o seu problema. Mas sabemos que isso nunca seria possível quando o nosso endereçado é um fantasma que, com certeza, esconde-se por saber que sua vida também não é perfeita. Por ter certeza que comete erros, tem milhares de defeitos e também sofre. Mas que muitas vezes esquece que não é muito diferente de mim.
Talvez seja esse o real motivo de tanta raiva. Afinal você entende, a vida já mostrou pra você que não podemos ser invencíveis. Alguém precisa dividir essa dor com você. Mais do que isso, precisa sentir.
Então eu estou aqui. Pregando por aí que a vida pode ser legal, que temos muito que viver, não demonstrando medos ou grandes problemas.
Pois bem, você conseguiu. Eu senti. Doeu ler o que não é verdade, ver que sou vulnerável e que nem tudo o que fiz deu certo.
Mas lamento você falhou em um aspecto. É aqui que a gente difere-se e você se frustra: eu assumi não ser de ferro e escrevi meu nome no final do testemunho.
Você precisa alcançar mais uma fase.