sábado, 17 de janeiro de 2009

O colorido escuro em mim



Como uma gota que escorre do canto do alho. Que arde com a dor de engolir vez por vez até que te sufoque. Se o berro silencioso escondido debaixo da excitação se calou por tempo demais, escolheu o momento certo pra se libertar. Com o atraso de tempo, fez um eco: Expalhando-se por todos os aspectos do futuro. Quando o tempo demora demais pra chegar, tenho uma certeza absoluta: Quando o relógio der a badalada, o choro se transformará em força e a força se transformará em potência. Todas as vezes que alguém duvidar de mim, darei uma risada irritante. Pois já conheço a essência do caminho de camaleoa que foi escrito na palma das minhas mãos. Vim aqui para gritar, para incomodar, e sairei do mundo eterna. Não posso assegurar minha sanidade mental, pois não tenho olhos que enxergam o futuro. Só sei brincar de adivinhar, nasci com o abraço da sorte de cima do muro. O futuro já chega amanhã, com acontecimentos totalmente vendados. E se o teto cair hoje, quem sabe amanhã serei abandonado. O que conheço hoje pode parecer seguro, mas isso é apenas ilusão: um momento muda o mundo, um instante marca o coração. uma solução permanente para um problema temporário, feridas escondidas gritam até atingir o silêncio. que copo ímpar esse que os sedentos bebem, desesperados, perambulando. a mulher covarde está dentro da corajosa, pois ao decidir ficar para sempre no escuro, assopra egoísmo honesto e gelado pela sala. e a janela que bate, oportuna e prepotente, chama a alma daquela que chora, chama o ponto final pro futuro. Os olhos alheios não enxergam, eles apenas observam, e é em um dia como qualquer outro que percebem o quanto o mundo caminha cego. Ninguém está de mãos dadas, e o toque daquela que não aguenta ficar é o mais solitário. A garganta arranha enquanto o coração berra e a pele humana na dela só causa mais dor. Isolar-se no nada, no desconhecido, na bravura egoísta da necessidade da cura. Estava a procura da cura, obscura, prematura, mas que dura... para sempre


se pudesse calava a boca, calava a boca e ia dormir! mas calar a boca pra quê? eu nunca calaria a boca. AH, só dorme, vai!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Intitulado a você


já não sinto mais o peso do tempo entre hoje e a primeira vez em que ouvi essa música. deve ser porque já faz tempo desde que passei a assistir seu filme de longe. já não ouço mais a escuridão me chamando para a orgia dos pensamentos que querem me destruir. deve ser porque nunca mais precisei de esforço compulsivo para agradar a visão de um outro ser. deveria estar sorrindo, mas sou humana e não me satisfaço. reconheço que sonhos são ilusões e que a realização só acontece para dar espaço para um novo pedido desesperado. já não tenho mais a pretensão de achar que posso encaixar nossas peças, estou com outro problema: escrevi o ponto final daquela temporada. já não fecho os olhos pra remoer velhos erros, já não perco o dia chorando por desilusões. para manter-me firme e forte, delimitei uma linha divisória entre o que tem ou não permissão de interferir na minha vidinha umbiguista. com o blackout aplicado sob certos aspectos, permito-me ficar submersa em uma ignorância programada e defensiva. cresci em uma bolha que tentei estourar na adolescência, mas acabei ainda mais presa em um clichê passado e previsível. na tentativa de caminhar sem a ajuda de ninguém, tornei-me porpurina de final de festa. quando caí na real, peguei o alfinete e tentei fugir novamente, mas dessa vez dando a cara a tapas. cuspi e limpei o prato, consegui dar alguns passos positivos e revigorantes. hoje, com a percepção novamente esmaecida, tento descobrir o quanto voltei a ser o que tanto odiava. enquanto encontro pessoas indesejadas pelas ruas e deparo-me com a realidade, percebo que ainda tenho uma grande dificuldade em lidar com o que não quero presente na minha vida. fui mimada, lógico, tinha o que queria. aprendi a conseguir, aprendi a realizar, nunca aceito não como resposta. deve ser por isso que voltei a ouvir essa música. tantas páginas foram escritas, o diálogo evoluiu suavemente, e mesmo assim ainda mordemos o lábio inferior. parece que o tempo não passou e este é meu novo problema. ficamos girando dentro de um buraco negro de tempo em renovação. você esteve sempre presente e eu não perdi um episódio sequer da sua trajetória. havíamos esquecido desta trilha sonóra, mas a melodia, quando aparece, se transforma em lembrança. o som vai direto para o coração e eu reconheço muito bem o que está lá dentro. mesmo que mascarado, mesmo que modificado, mesmo que amadurecido. é o berro de um bebê com cólica, é o castigo de uma menina mal criada.

as pessoas é que são alienadas. eu sou um clichê ambulante. não tenho orgulho de todas as minhas peripécias, mas vou realizar os meus sonhos.

o que eles fazem não é seu ou meu. foda-se o que pensam, nós vamos fazer de qualquer forma. você não quer se divertir como eu?

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Você se acha uma malvadona do rock, né garota?

Todas as mudanças tem sua melancolia, pois tudo que deixamos para
trás, é parte de nós mesmos. precisamos morrer em uma vida, antes de
renascer em outra.
A felicidade é uma jornada, não um ponto de chegada. quando chegamos lá, rabiscamos mais um objetivo para arrancar mais um sorriso. viver com ambição é viver. a auto-suficiência acontece para aqueles que sonham baixo demais e é importante sonhar grande pra caralho. com convicções infantis, tento definir o que é ser feliz, quando no fundo tenho plena e total consciência de que caminho com teimosia, pois sei que no fundo ninguém pode definir a felicidae. os que realmente a sentem, não tentam dar uma definição, eles a aproveitam. eu não serei mais uma a tentar descrever este sentimento, eu serei eu e isso já me dá vantagem. sorrir precisa bastar, mas se o mundo não é o suficiente, tenho que usar o regador, enquanto planejo meu próximo brusco golpe, que reflitirá no meu próximo sorriso. e se eu cair no caminho, ou se a água faltar, que eu saiba ter paciência, e pegue as sementes guardads dentro da gaveta.eu acredito que a beleza está dentro de todos nós. é algo que descobrimos lá dentro e é incansável, pois pode sempre surprender. o quanto mais abraçarmos o que temos lá dentro, mais tranparecerá aqui fora. quanto mais segurança houver no poder que há lá dentro, mais coroados seremos aqui fora. é uma questão de procura e descoberta, uma missão. quando você descobre tudo que pode ser, tudo que consegue ser, o corpo até descansa. a procura vem como uma vitória, de orgulhosamente pavonear o resultado, de chutar para fora a de auto-estima baixa, e de adquirir um pouco de paz. assim que você aceita o que reflete nos espelhos, você se torna lindo. a beleza existe somente na percepção e quando temos a capacidade de controlá-la, podemos ser colírio nos olhos de qualquer um, mesmo naqueles que de início, não consiguem nos enxergar.
a beleza não está nos traços indefectíveis e sim na luz do coração.
a beleza captura a atenção, a personalidade captura o coração. e quando se tem ele, não tem como não ser belo.
quando você captura um coração e o domíno da beleza, há pouco na vida que possa querer. com a realização dos dois, já está nadando na inteligência. a estrada para a sabedoria está começando, e o amor gente, é um dos maiores professores da vida.
quando já estiver seguro, obterá o sucesso.