terça-feira, 1 de julho de 2008




Em casos leves, você pensaria "ele é bonitinho". Em casos com certa gravidade, você diria "ele tem um tipo bastante especial".
Se fosse feio, você não estaria aí pensando nele ou observando seu jeito de falar ou ainda como te faz sorrir. Ele é bonito, e tem aquele olhar meio polêmico, aquela maneira de amar e de chocar intensa demais, e quem sabe se ele não tivesse essa mania de esconder o riso.
Você sabe muito bem de quem eu estou falando. Pensa que eu não sei. Você acordou todos esses dias, sentiu-se solitário, frágil.
Tropeçou diversas vezes em objetos variados, esqueceu alguma coisa muito importante e sentiu falta de alguém pra esquentar suas mãos.
As meninas que você conhece são amigas demais ou pretenciosas demais e você quer alguém distante, que te olhe de um jeito bem particular,te deixe confortável e desconfortável, contente, triste. De preferência alguém a quem você já ame pra poder falar abertamente sobre sua teoria de amor latente, amor que já habita algum determinado espaço e só espera pela presença constante.
Amor que já existe, pois você encontrou alguém com quem dividir. Poderia ser essa menina, se ela não roesse as unhas. Se ela não derrubasse tudo sem perceber.
Se ela não arrumasse o cabelo daquela forma. Se você tivesse coragem. Se ela não te beijasse com tanta intensidade. E se não te assustasse tanto o fato de que ela se parece demais com o seu mundo, meio bonito, meio antiquado. Por saber de alguma forma que já é só dela.