quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Talvez seja seu olhar, ou seu sorriso tímido, pode ser que seja esse furinho no seu queixo. Ainda pode ser essa expressão que você fazia toda vez que eu te deixava sem graça, a sua voz dizendo que me amava. Cada minuto com você. O silêncio do seu quarto, e nossos segredos entre risos. Nossos suspiros. Como eu sinto falta dos seus carinhos meu bem. Como eu sinto a falta do seu amor. Do cheiro de você que ficava em mim ao acordar. De olhar pra você e de imediato ser entendida, dos seus abraços demorados, dos seus beijos, de te fazer carinhos sem fim. De te ouvir falar que eu não presto atenção em tuas prioridades, quando a minha maior era você.
A verdade é que desde o primeiro momento em que eu te vi, ali de pé a minha espera, naquele momento eu já era tão tua que até me admirava. Deve ser por isso que eu fiquei tão nervosa. Dali em diante eu já sabia que não tinha outra coisa a fazer senão te amar. Te amar com cada pedaço do meu coração. Te amar com tudo o que eu tinha e sem reservas. Então eu fui seguindo, posso dizer que dali em frente entreguei meu coração na palma da tua mão. Toma é teu, não te pedi em nenhum momento por cautela. Amei tanto. Amei demais e ainda amo absurdamente. Mesmo tentando de todas as maneiras arrancar esse sentimento daqui. E vou levando assim mesmo, me completando meio torto, preenchendo pela metade, disfarçando todo o espaço reservado para alguém. Talvez foram os meus beijos, ou minha maneira de amar demais. Talvez tenha sido a minha falta de misterio a ti. Você se cansou de saber demais de mim. Agora neim eu mesma me reconheço. Agora neim eu consigo enxergar meu rosto. Medo do escuro, vida as escuras, não quero olhar o meu reflexo quando chegar. Esse esboço retorcido que me tornei agora subjulgado pelos meus tão belos princípios de cuidado ... Só vejo tudo borrado.


...

Acho que não vou escrever nada bom hoje ...

Sem mais

você nunca soube me amar

Tudo na vida tem seu fim, mas eu teimava e insistia em acreditar que era para sempre. A culpa é sua, que me fez criar esperanças, aumentar o meu coração de tamanho só para poder te amar melhor e fazer crescer esse sentimento.
Até o que era doce se transformar em amargo,mas você não me avisou.Seu amor deveria ter vindo com prazo de validade.Assim eu não iria me apegar e criar planos com você, que a propósito você nunca vai saber.
Você nunca vai saber o quanto eu te amava, que eu enlouquecia com a sua nuca, com seu perfume e encostava em você só pra sentir seu cheiro. Em todo esse tempo eu nunca te pedi nada,nunca te exigir nada, só queria o seu amor e foi a única coisa que não soube me dar.Você não precisa saber, agora não faz diferença.A gente se acostuma com tudo, vou me acostumar sem a sua presença e tentar enganar o meu corpo quando ele chamar pelo seu.
Porque meu amor por você nao morreu, eu ainda te amo sim. Amo muito. Mas amo a pessoa que você era e não a que se tornou. E isso também você nunca vai saber, afinal, você nem sequer sabe o que é amor e nunca soube me amar.

...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Reflexo

Aquele rosto outra vez, de nada adiantaram minhas rezas. Todas as juras que fiz, os julgamentos e minhas crises de "nunca mais". Esse rosto que eu mal suportava enxergar ao chegar. Nesse tempo eu achei que ele tinha sumido por completo. Mas ele sempre esteve aqui, só esperando o momento certo de aparecer. Certo que nesse intervalo ele jogou seus alertas. Mesmo ali adormecido era como se algo arranhasse por dentro à querer sair. Aquele ser antagônico que mora em si. É como arrastar um cemitério nas costas. Me perturba, essa idéia é conflitante. Velhos hábitos nunca morrem. Parece que esse tempo inativo a modificou de maneira interessante. Eu posso ver, eu enxergo pelo olhar, por dentro ou por fora. Esse olhar de canto, que atravessa e vai além, esse olhar subversivo. Aquele sorriso debochado. Em pensar que eu evitei esse retoro. Construí uma nova identidade, mas não sei se ainda me reconheço.




com aquele mesmo olhar que me e aquela risada
pelas minhas juras, pelas minhas rezas, eu achei que eu não fosse ver aqui esse rosto mais uma vez.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A margem


A vida te dá uma rasteira. Você cai, tropeça, o sonho borra a maquiagem, o coração se espalha. Voce sente dor, perde o rumo, perde o senso e promete: Paixão nunca mais. Você sente que nunca irá amar alguém de novo, que amor é conversa de botequim, ilusão de sentido, que só funciona direito pra fazer música, poesia e roteiro de cinema. E voce inventa. Um amor pra distrair. Um amor pra ins-pirar, um amor pra trans-pirar. Uma paixão aqui, um quase-amor ali
Ah, quer saber o que eu penso? Você agüentaria conhecer minha verdade? Pois tome.
Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio.Vire meu mundo do avesso!. Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. Te pergunto: você agüentaria viver na montanha-russa que é meu coração? Me desculpe. Nada é pouco quando o mundo é meu.
Amor não é só poesia e refrão. Amor é reconstrução. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios.
Tenho admiração nata por quem segue o coração. Meu coração é minha razãoCertas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolva. Sentimentos, gestos, sonhos e sorrisos. A alma entende e a boca cala.
Suas certezas mudam, suas prioridades deixam de ser prioridades já que você nem sabe mais o que deseja. Até sabe, mas está tão longe e você tão cansado que o mais fácil é deixar que as prioridades te encontrem e você pode fugir do que não interessa. Seus princípios enfraquecidos te cobram uma atitude e você cobra a coragem.
É hora de um sonho dar lugar a outros.

Desavisada


No meio do nada, você apareceu. Me olhou, sorriu, e eu fiquei muda. Muda. Você e o seu sorriso lindo. Eu e minha falta de palavras. Eu te olhava e você caminhava. Caminhava em minha direção e sorria. Falta de espaço, falta de frases, falta de ar. Ai, meu Deus, me deixa viver agora. Eu preciso morar, dormir e acordar com esse sorriso. Esse sorriso lindo que duraria uma vida se você quisesse. E você não parava de sorrir e apertava os olhos. Grave. Grave! Seus olhos rasgados, me olhando. Seu sorriso de um minuto, dez anos, cinco horas. Você parou de repente e tudo em volta também. Parecia um filme. Um filme que eu nem sabia a fala. Mas eu não tinha fala e você me olhava. Vai, engole esse sorriso que não é seu. Come as palavras dele. Se alimenta. E lá estávamos nós. Mudos. E nosso silêncio que tanto dizia.
Não consigo resistir a escrever sobre você. Você e seu jeito engraçado. Você e esse rosto. De onde você tirou esse rosto? Meus Deus, aonde foi que você aprendeu a me olhar assim? Vai, toma, leva. Me emprestei um pouco, agora leva o resto. Não tenho o que fazer com o que ficou de mim. Olha, gosto de ti. Assim como minha loucura. Me entende? Eu sei que sim. Porque você é mais louco que eu, achei alguém mais louco e lindo que eu. E você escreve, meu Deus. Escreve lindo, suas palavras são tão eternas que eu poderia morar nelas e ser cada letrinha de sua frase. Me salva no seu computador, escreve uma história linda para me matar de vez. Nossa loucura junta nos salva. Você me salva. Então leva. Me leva e não devolve. Me leva e constrói um bar, vamos ler Jonh Fante, ficar bêbados de Rimbaud, vamos fazer alguma coisa grave porque nada mais nos resta. Te resta? Eu te resto. Eu e nossa loucura. Temos nossa falta de juízo, nossas palavras, nossos livros e uma imaginação sem fim. Será preciso mais?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Paredes azuis

Talvez sejam seus olhos fundos, ou o som da sua risada. O cheiro das suas roupas e a maciez do seu cabelo. Sua concentração dedilhando aquele violão ou o timbre da sua voz.
O modo como você ajeita o cabelo, movimenta as mãos ou fala.
É aquela risada de quando você enfrenta o sono, seu cinismo, seus apelidos, seu modo de ver a vida. Seu calor.
Não sei como essas memórias me atordoam. Não sei por que de repente o cheiro e as cores ao meu redor mudam. Só por você invadir meu pensamento.
Sua espontaneidade e a ausência do seu medo. Sua respiração vIgarosa e as mãos frias que nunca tocavam as minhas.
O som das batidas de seu coração bem junto ao meu ouvido.
Suas paredes azuis.
A música de fundo, as risadas lá fora e aqui dentro.
A tevê.
São memórias sendo guardadas pela falta de cuidados.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Não sei se consigo explicar o que eu sinto agora. Essa liberdade chega a ser perturbadora. Eu vejo um mundo de possibilidades e eu tenho sede. Eu tenho muita sede. Eu quero abraçar essa vida de ponta a ponta.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Eu estou longe de ser quem eu sempre fui



Dizer que durante esse tempo todo conseguia ver, mesmo que só o brilhinho, daquela tal luz no final do túnel seria uma mentira. Eu reconhecia o exagero do momento, das crises e dos "nunca mais", mas não via outro ângulo para a felicidade que não fosse aquele. Até porque era realmente sensacional a cena vista daquele cume alto que eu havia criado. Com um pouco de esperança e nenhum amor próprio, cria-se de tudo. No meu caso, montanhas de gelo que derretem com o passar dos meses. Até que tu sintas os dois pés tocando o chão. O chão que é tão banal e que todos falam com tanto orgulho: "Enfim, fixei meus pés no chão!" Pois que grande nada é pisar aqui. Eu prefiro as brasas, ou o gelo que seja.
Doeu demais chegar até esse fim da linha. E por mais que eu já respire normalmente e a maioria dos nós na garganta já tenham se desamarrado, não sei se gosto do que vejo. Eu estou me adaptando! O coração anda batendo no mesmo ritmo há dias. E talvez eu precise mudar meu nome. É atípico demais não me ver lutando, rindo sozinha ou chorando pelos cantos. O tempo simplesmente passa. O passado já não incomoda mais e nem o futuro causa dor no estômago."Não confundo nomes. Não deixo de comprar meu doce preferido, para comprar o outro que agrada. Todos os compromissos na agenda se referem apenas a mim. Eu puxo apenas a metade da colcha todos os dias. Agora eu preciso de concentração para lembrar do "nosso mundo". Não corro mais o risco de te ligar enganado, porque de fato esqueci o teu número. Eu estou longe de ser quem eu sempre fui. Não acordo mais atrasada , tão pouco eufórica. Ligado no piloto automático, onde é seguro. Em um momento lúcido, imune dos meus grandes dramas. Vivendo paixões regradas e relações aparentemente saudáveis. Sem beijos que ardem e sem brigas que ferem.
Eu estou longe de ser o que sempre fui e muitos sabem o quanto é estranho me ver sendo envolvido por essa nova identidade tão comedida. É algo natural, eu sei e que esses "muitos" me previniram; iria chegar. Eu só precisava respeitar o meu tempo. Eu respeitei então o tempo, sem querer. A maior e mais resistente de todas as cicatrizes parece agora estar fechada. Estou tão estranha que nem ao menos sei o que sinto me sentindo assim. Assim normal. Eu estou longe de ser o que sempre fui. No entanto ainda percebe-se a permanência dos tradicionais dilemas. Logo, nem toda essência foi perdida.

domingo, 16 de outubro de 2011

Lembras quando deixei tudo de lado para que as coisas dessem certo?
Pois bem, esse tempo se foi.
E eu não tenho pretensão alguma de falar dele.
Menos ainda de revivenciá-lo.
Eu ando preocupada comigo, preocupada em errar pra aprender. Dar quantos tropeços forem necessários, pra mais tarde perceber a tal pedra. Perceber e jogá-la longe, com as minhas duas mãos.
Perto de ti...
Não destruísses sonhos, mas incansavelmente deu passos a fim de perturbar meu sossego.
Bastaram as lágrimas ...
Aquele presente de decepção está guardado aqui, com seus laços desfeitos.
Agora, esqueça! A esperança de dias melhores é algo de que nunca irás me privar.
Controle toda minha liberdade, continue planejando e atuando ao lado do que, logicamente, sabes que me afeta.
O que tinhas pra perder, foi perdido pra sempre. Logo, não perdes nada.
Aliás, perdes tempo.
Todas as memórias permanentemente apagadas ...
A minha maior tática eu aprendi com os inimigos, então não queira que eu te queira mal.
Eu sou a mesma menina, vestindo a minha mais bem polida armadura.
Sabia que adoro te ver assim sorrindo?
É óbvio que não podemos sorrir sempre. E se pudéssemos talvez não houvesse o menor sentido.
Qual seria a graça de tentar te fazer sorrir? De te ouvir dizer pra parar antes que tu acordasse todos aí na sua casa rindo.
Gostaria de apelar pras cócegas, mas um tal de destino, que vive acabando com os planos que insistimos em criar, fantasiar... esse mesmo, que me renova e me surpreende todos os dias, me limitou a ter apenas as palavras, o som, a imagem... por enquanto; mas já que é isso que possuo pra te trazer um pouco mais de felicidade, tenho que fazer bom uso.

Além de anja dos bichinhos, és anja-da-guarda de gente grande.
Tu me salvou uma noite. Talvez não tenha noção, nem eu tinha. Mas pegou minha mão, e me puxou pra fora desse tal poço.
E eu não sabia que quando eu saísse, lá no topo, veria esse rosto ali de cima. Talvez aí a graça de viver.
A cada queda, enquanto seu corpo vai sumindo, e tu sentes o vento subindo e é tomado de uma fraqueza que aleja, eis que surge a mão, o anjo, que te abraça e te enche de ar novamente, te faz voar outra vez, te mostra que está vivo. E que os tropeços serão incontáveis, mas levantar tem um sabor tão bom; olhar o horizonte depois de tudo, respirar tranquilo e ver que do seu lado estão seus protetores. Sua fortaleza.

Não é todo dia que achamos nossa versão por aí. E quando achamos, a gente sabe. A gente quer abraçar. Quer brincar. Quer rir. Quer olhar nos olhos. Quer fazer carinho. Quer tanta coisa. Só não quer largar.
Versões que somos, aprendemos só na porrada e ainda bem que nos temos pra ajudar nos curativos, e tomara que as porradas daqui pra frente, estejam no meio das risadas, brincando de lutinha.


Achei linda essa cartinha e resolvi colar aqui pra poder ler sempre. Obrigada, seu Lindo! :)
Guarde bem as primeiras impressões, mas considere somente as últimas. O ser humano tem uma capacidade incrível de confundir. Por experiência própria, não crie pré-conceitos, a não ser que sejam eles muitos, a não ser que alguns sejam antagônicos.
Entenda, ou apenas engula, se amanhã teu melhor amigo pegar aquela vaga de emprego que tu tanto querias.
Seleção natural como justificativa!
E por favor, não sejas hipócrita! Farias o mesmo. Farias isso e um convite cara-de-pau para um chopinho de comemoração após o expediente.
Só sobrevivem os mais fortes, ora essa.
Abominamos o egoísmo mas ele ferve, carregamos ele por natureza.
Agora, aprenda a duvidar não só dos inimigos. Deixe que eles também te ensinem.
Esqueça a velha história do sexto sentido.
Seja sutil.
Mantenha a máscara alinhada.

Made in Taiwan

Se não fossem verídicas não seriam frases feitas e sim piadas.
Ela estava mais uma vez certa quando berrou da cozinha que ninguém morre de amor, que não havia nada melhor que um dia após o outro, o acordar, que o tempo sempre foi o melhor remédio.
Em meio a pernas entrelaçadas o "próximo passo" foi dado. E com todo o sucesso duvidoso, vem transformando-se em corrida. Corrida às pressas visto que tanto tempo já foi perdido.
Pra quem era aquela que nos joguinhos de escola, registrado em últimas folhas, casaria-se com 21 anos... é hora mesmo de seguir em frente e voar.
Notifiquem o destino que eu voltei pro jogo. Eu não deixei de acreditar, como era previsto. Apesar do histórico, de realmente aparentar que a história aqui seria uma velhinha solteirona, complicada, de tatuagens desbotadas e pêlo de gato nas roupas, eu ainda me sinto merecedora da tal casa de sala agradável. Merecedora do marido chegando as 19 horas e peças de Legos espalhadas pelo chão.
Eu já caí e levantei tantas vezes que agora eu começo a economizar com as crises, antes mesmo que elas me deem câimbras. É assim quando a vida faz de ti uma espécie "Made in Taiwan" de Fênix.
Nada simples, mas nunca impossível.

Sentimento exagerado

Eu sinto saudade dos planos utópicos, de dar sem receber, de receber sem nem ao menos merecer.
Das cartas apaixonadas, recheados de exagero. Dos sonhos minimalistas, com casa de cerquinha branca. De se ter um referencial, de me apaixonar sem conseguir medir. Da convicção no amor.
Saudade de acreditar que em 2 pode-se mudar o mundo. De travesseiros molhados por insegurança e medos da perda. De ser aquela mulherzinha clássica, de me alimentar de alguém.
Saudade do fogo e dos ciúmes. Da auto suficiência que se existe quando se está apaixonado. Saudade de querer criar dialetos quando "eu te amo" torna-se pouco e comum demais. De questionar se o meu muito, não está sendo pouco. Da fé em algumas instituições.
De crer piamente que posso encarar guerras e forcas por alguém que não seja eu.
Saudade de desconhecer o fato de que realmente sei andar sozinha. De depositar todas as certezas e sentidos da vida em outro. De não pensar primeiramente em mim. Saudade de um dos lados que desapareceu.
Saudade de quando eu acreditava que tudo podia ser pra sempre.
Saudade de alcançar as estrelas...

Estar com você é como ter tudo e não ter nada. Em você eu encontro aquilo que mais preciso numa luta injusta contra o relógio. Porque hoje somos só raros momentos. Envolvidos de magia e desespero.
Ah meu amor, porque quando você levanta e eu vejo suas costas, tudo que era doce torna-se amargo. E eu vejo claramente em seus olhos a falta de disposição para mudar a situação.
Você não cansou só de mim e do nosso relacionamento tortuoso. Você cansou do que via no espelho. Cansou de ter alcançado a perfeição e de tê-la perdido com a mesma facilidade. Cansou de ter sonhos alcançáveis. Cansou de ser alguém regrado e que sofre como tantos outros. Você cansou da normalidade.
E por fim quem te fez assim fui eu. Que usei moldes ideais para satisfazer e dar continuidade aos meus sonhos rosas de príncipes encantados.
Veja só que ironia... Agora aqui estou eu te desejando ainda mais no momento em que transforma-se em vilão. Que me usas, me dobra, amacia e joga fora. Quando viras minha alma ao avesso sem dó, nem piedade.
Mas está tudo bem. Eu te entendo. Aceitar todas as culpas e visíveis falhas nunca foi tão fácil. Eu já não me importo em ser bruxa, monstro, um ser abominável desde que seja o teu.
Eu deixo tu brincares comigo, destruindo todos os meus conceitos feministas, até que eu não tenha mais joelhos para implorar. Até que minha tolerância vá para o saco.
Meu bem, ainda há tempo! Aproveite-se de mim e da minha momentêna falta de amor próprio. Os teus beijos vazios estão me preenchendo. Eu ainda estou fingindo acreditar nas tuas desculpas em não me atender. As tuas lágrimas maquiadas ainda me comovem. Ainda resta espaço pra você e resquícios de fé por aqui. Ainda desejo intensamente você, que afinal sabe, quando quero algo vou até o final.
E desculpa descobrir o teu segredo, mas eu sei que você também sabe que para nós nunca existirá o final.
Ele está salvo comigo. Eu prometo.

sábado, 15 de outubro de 2011

Na minha pele

Foi quando eu disse que te esqueceria rápido foi que eu cometi o maior dos meus equívocos. O processo anda não só estagnado como também torna-se cada dia mais doloroso.
Eu realmente achei que as nossas diferenças bastariam para eu me convencer que a atual situação é a certa.
Cada um por si, ou nós por tantos outros.
Que tolice a minha ter me permitido errar. Agora a cada gole d´água, mudança de temperatura ou rua atravessada, a incessante dor da tua ausência.
Você nunca imaginou que faria tão mal a alguém por querer tão bem, não é?
É difícil conhecer tão a fundo céu e inferno em período tão curto. A sua passagem por aqui durou o tempo necessário para me oferecer o mais doce gosto e depois me deixar chupando gelos. Você foi feito férias.
E mesmo com tanta lição aprendida sobre relacionamentos e dar valor, hoje eu preferia não saber nem mais escrever o meu nome. Eu trocaria todo o conteúdo adquirido por só saber mais uma vez que o teu corpo tem o peso exato sobre o meu. Pra ter ter mais uma chance de decorar todos os teus 100 sorrisos. Pra entrar pela vigésima vez na tua vida e causar novos estragos. Pra te firmar que eu não presto mesmo, que sou de fato uma louca mas que preciso comigo do teu juízo.
Porque indiscutivelmente não faz o menor sentido entender tanto do amor se não for pra oferecer a você.
Hoje eu já não sei mais se atormento os teus pensamentos, mas isso era tudo o que eu mais queria. Ser em uma só identidade sonho e pesadelo.
Não me fale de ciúmes, prazeres e afetividade, se são sentimentos que só existem a partir de você. Entende agora o meu desespero? É como se eu me anulasse. Eu deixo de existir para o que há de melhor. E o que um dia foi minha culpa agora se volta contra você.

Eu peco pela boca. Ou pelas palavras, que seja.
O fato é que durante muito tempo eu fiz declarações nesse lugar. De três, zero permanece na minha vida.
O problema está em mim? É bem provável que sim.
É um erro entregar-se demais? Essa dúvida eu ainda pago pra ter.

Do avesso

Que eu me recorde foi a primeira vez que lamentei ao certo. Na hora de fazer a retrospectiva eu percebi o quanto esse tal em especial havia sido generoso comigo. Tanto que no meio do foguetório perturbador, eu ainda tinha esperanças de que ele desistisse e fosse embora daqui. Queria mesmo era me agarrar feito criança na barra da saia da minha mãe e deixar tudo isso explodir bem longe.
Eu nunca simpatizei com os números ímpares , mas aquele 7 em especial poderia deixar para sempre! Claro, não foram 12 meses somente de alegrias e oba-oba. Eu talvez até conseguisse encher o "velho Chico" com a quantidade de lágrimas que também foram derramadas. Mas é aí então que vem a resposta de tanto apego.
Eu saí muito mais forte de todas as minhas freqüentes crises. Nesses longos dias eu tentei, com sucesso, transformar choro em força, questionamentos em soluções e tropeços em grandes saltos. Eu consegui largar mão de coisas que ingenuamente eu acreditei me fazerem bem.
A vida trouxe ainda alguns presentes de carne e osso que me apresentaram a parte de mim que eu desconhecia. A mesma também fortaleceu laços, desatou alguns que andavam frouxos e não seguravam nada. Ela também escreveu no meu dicionário intrínseco a palavra segurança. Tu podes, tu consegues, tu és capaz. As regrinhas básicas e batidas dos livrinhos de auto-ajuda que durante todos esses anos eu rejeitei.
Em 2011 eu fiquei gente grande e eu não sabia se ao abrir os olhos em outro lugar, eu ainda estaria.
Por um tempo qui foi só verão, e as pancadas de chuva duravam sempre muito pouco. Eu tinha medo que como filme bom ele acabasse ali, sentada com a minha bunda no sofá e gosto de quero mais. Os extras, as cenas cortadas, "conheça o elenco", e blábláblá não me supririam. E como eu nunca fui de querer pouco mesmo, dessa vez eu queria tudo de volta! Eu queria o MEU tempo de volta! Férias surreais, descobertas, 1 milhão de sotaques, jogar todo o lixo fora, saber o que eu quero pro resto da vida, partir corações, reconstruir o meu, matar saudade, acertar os alvos, salvar 10 animais, crer em mim, aprender a gastar, dizer não, janeiro, fevereiro, março, abril, maio...
Eu esqueci mesmo que era só mais uma passagem no calendário, uma folha rasgada. São essas convenções, comemorações, cartões de créditos disfarçados de velhinhos gordos e coelhinho que sempre zoam com a minha cabeça. Esse ser desconhecido e nostálgico que habita o meu corpo quase que sem querer me cegava quanto ao fato de que eu não estava perdendo nada...
Sempre apostei nos pares! E ele veio pra quebrar as minhas pernas. Sem rodeios, vamos a luta, deixando de lado as tradicionais manhas e as marcas de uma personalidade abalável, estou fazendo o que tinha que ser feito. E assumirei contas e riscos até o mês em que eu me convecer. Vou fazer o que eu quero, chegar com toda a bagagem de 2011 em 2012 sem olhar pra trás.. Eu quero mesmo é me desafiar. Pegar todas as possíveis experiências aqui pra mim. Não sou mais eu contra o tempo. Até 2012 eu talvez seja um super-herói.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Breves Mudanças

Eu não sei ao certo porque isso vem me intrigando e mantendo meus olhos arregalados todos os dias ao dormir. Independente de prover da criação, ou da própria personalidade eu vivi 23 anos sendo assim. Não tinha porque me rebelar por algo que estava incorporado e o qual eu já havia me acostumado. Tão normal, que até as suas conseqüências eram aceitas. Eu já nem cobrava mais. Nem de mim, nem de terceiros.
Assim como lavar o rosto pela manhã, eu seguia acreditando nas pessoas. Se duvidar, senão mais banal.
Por achar fantástico o relacionamento humano, qualquer nova pessoa conhecida, automaticamente uma nova amizade. Entrega e carinho já fazia parte do pacote, sem adicionais. E fui dando cara, perna, braço e coração à tapa. Mesmo destruída e com cicatrizes ainda abertas, fui aceitando desafios. “Opa, pode entrar.” Sem esperar algum retorno, inconscientemente eu fui esquecendo do que foi aprendido sobre reciprocidade.
E não é que agora eu vá ficar só, até porque eu não acredito que a solidão dê certo. Mas digamos que foi aberta a temporada do auto questionamento e a boa nova é seleção. Parece-me apropriado iniciar o ano tomando essa atitude. É feito limpar o armário: o que é bom e ainda serve, fica.
É o momento certo para administrar quem terá o prazer e principalmente potencial para receber os meus cuidados.
E não é marketing, não. Mas se existe algo em que me tornei phd, foi na meteria dos ursinhos carinhosos. “Seja boazinha, trate com carinho e te submetas”.
Um breve comercial então.
Eu vou doar pra também receber. Caridade eu estou fazendo pra quem precisa. Não quero mais brincar dessa chatice de preocupação em vão. Parceria então, agora é objeto para colecionador.
Durante todos esses anos ninguém nem ao menos ressarciu meus analgésicos! E quem soube valorizar já nem deve mais estar me lendo. E sabe que eu manifesto um “obrigada senhor” todas as noites.
Agora ao restante, nem uma segunda chance. Eu estou ouvindo uma cabeça que enfim voltou a funcionar e dormindo em paz outra vez. Todos o peso morto adquirido em anos está à um passo de ser liquidado.
Façam as malas, meu signo mudou.

domingo, 2 de outubro de 2011

é estranho como você pode olhar para algo uma vez e ver uma coisa e depois olhar uma segunda vez e ver algo completamente diferente.


no silêncio ensurdecedor eu tento achar as respostas,
de quem diz mais quando se cala e quando vira as costas.
no meu grito em silêncio não sei se você consegue ver,
que faz tempo que eu perdi a vontade de saber.

Eu já aceitei

eu devia ter visto o que estava ali e não alguma luz sagrada.
nós representamos a comédia da vida, mas estamos mais mortos do que vivos.
cadáveres animados.

estou sem fôlego, meu desejo de prosseguir foi sincopado.
Perdi meu referencial numa dessas voltas
os amores são meros enlatados
Pegue o seu na prateleira, mas preste atenção no seu prazo de validade
terminando há um universo inteiro de latinhas
Parece que nesse momento eu perdi a minha fé
Não sei se gosto doque vejo, me sinto estranha
Talvez eu não me reconheça nesse momento

Baile de máscaras, tenho pensamentos controversos
pegue na minha mãe e depois largue, as pessoas sempre mentem

Ascedam as luzes, não consigo enxergar meu rosto.
Depois de ficar engatinhando e fazendo pirraça, o dia finalmente chegou. O dia de agradecer por ser tão abençoada e poder desfrutar de um mundo mágico e distante como este.O fato é que sou a única pessoa capaz de traçar os próximos passos, os próximos lugares no mapa. Tenho uma alma aventureira, cigana, selvagem. Preciso estar sozinha pelo mundo para ter certeza de que estou em dia com a malandragem. Sem ela eu não sou nada. Preciso também encontrar inspiração, encontrar uma maneira de me reiventar quando voltar. mesmo que não esteja indo para índia, para a tailândia, ou para algum lugar que certamente proporciona epifanias, sei que estou indo em direção de uma resposta divina. Não sei o que vou encontrar, mas tenho minha intuição. só confio nela, pois pessoas são corruptas, e sigo sempre meu coração.
Nunca derrotada, mas sempre insatisfeita. Eu chego arrombando a porta e depois reclamo da dor. Preciso me perder o tempo inteiro para depois me encontrar. Preciso viajar para saber que ficarei arrasada ao voltar. Entrar em desespero, como se não fosse planejado, e buscar um novo plano mirabolante. Algo que me deixe agoniada por demorar, mas que me dê esperanças ao se aproximar. Isso aqui ficou pequeno, eu mal posso respirar. minha ambição é devastadora e não vai se calar. Eu quero ser sempre mais dura, melhor, mais rápida e mais forte.
Ultimamente eu não tenho tido saco algum para andar com gente jovem, indecisa e sem história. gente que não sabe o que quer da vida. posso ter vinte e poucos anos, mas já tenho fortes pontos de vista e mil histórias para contar. mesmo sabendo que ainda vou mudar muito durante a vida, pelo menos tenho certeza de que continuarei sendo honesta sobre quem sou e o que penso sem me importar com o cool ou o hype.
E mesmo quando fico quieta coisas acontecem. Enquanto certas pessoas se mostram decepcionantes e mentirosas, outras aparecem para iluminar minha vida. Ia pra sair daqui pra fazer uma coisa e acabei transcendendo em outra. Vi a face desesperada de uma pessoa medrosa e a face relaxada de um amor que nunca vai sair da validade.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Chaplin

Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" para ser insignificante.



Virou meu manual salva vidas!

Texto Chaplin

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome: Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é: Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de: Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é: Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama: Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é: Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a: Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é: Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é: Saber viver!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

garganta arranhada, mente acelerada, sonhos prometedores que beiram a defraudação. às vezes é frustrante ficar em comando da construção destas prateleiras. quando os prêmios começam a ser organizados por ordem alfabética, há algo de errado com a recompensa. e cada troféu que merece fede. e cada vez que ela pensa, treme. seu desejo é irracional, não prescinde de suas comodidades. ela é levada sem razão, seus olhos crescem sujos de ganância. palpitações, cobiça, lubricidade. mesmo com a nuvem negra que persegue suas conquistas, não há como tirar de cena a excitação. o incitamento ganha, a pele grita, berra, socorro, quer desmaiar. depois de alguns tapas bem fortes, depois que uma nova história tiver terminado. para juntar as palavras na prateleira, para observar o resultado e urgir por outra ridícula competição imaginária.

cale a porra da sua boca, garota. você simplesmente fala demais. agora durma, durma, durma. quem sabe assim consiga acordar humana.

Amor não é a única palavra pra um romance

Eu não sei quando eu mudei para esse coração gelado
Eu tenho que esquentar para descongelar este gelo que congelou meu coração solitário
Eu gostaria de ser envolvida por esse calor mais que qualquer coisa sem duvida.
Eu vou fazer meus próximos dias serem cheios de risadas e alegria.

Eu fiquei meio pra baixo
Eu sou mais cruel do que eu pensei que fosse
Eu sou apenas um perdedor que no fim foi mais atencioso ao seu espírito
Eu não dou meu coração a nenhum motivo
Eu não quero perder meu tempo
Eu tentei amar minha solidão para escapar desta escuridão

Tristeza é o que eu odeio, mas faz aumentar minhas sensações
Lamentar me ensina como tomar qualquer decisão difícil
A paz está sempre ao meu lado
Mas eu nunca a sinto
Amor não é a única palavra para um doce romance

Bem, Eu estou assustada, assustada, assustada, morta de medo.
E eu estou assustada para seguir o meu caminho.
Bem, Eu estou assustada, assustada, assustada, morta de medo.
E digo a mim mesmo, sou especial até o fim.

Recordando meu coração quebrado, dolorido e rasgado por estes longos dias
E todas as recordações que eu quis esquecer por faze-las por impulso
Recordando, quebrando, doendo, chorando, tendo certeza para mim
E eu pego tudo e sorrio ao meu futuro do meu jeito

Amor não é a única palavra para um doce romance

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pra você não dizer

Em casos leves, você pensaria "ele é bonitinho". Em casos com certa gravidade, você diria "ele tem um tipo bastante especial".
Se fosse feio, você não estaria aí pensando nele ou observando seu jeito de falar ou ainda como te faz sorrir. Ele é bonito, e tem aquele olhar meio polêmico, aquela maneira de amar e de chocar intensa demais, e quem sabe se ele não tivesse essa mania de esconder o riso.
Você sabe muito bem de quem eu estou falando. Pensa que eu não sei. Você acordou todos esses dias, sentiu-se solitário, frágil.
Tropeçou diversas vezes em objetos variados, esqueceu alguma coisa muito importante e sentiu falta de alguém pra esquentar suas mãos.
As meninas que você conhece são amigas demais ou pretenciosas demais e você quer alguém distante, que te olhe de um jeito bem particular,te deixe confortável e desconfortável, contente, triste. De preferência alguém a quem você já ame pra poder falar abertamente sobre sua teoria de amor latente, amor que já habita algum determinado espaço e só espera pela presença constante.
Amor que já existe, pois você encontrou alguém com quem dividir. Poderia ser essa menina, se ela não roesse as unhas. Se ela não derrubasse tudo sem perceber.
Se ela não arrumasse o cabelo daquela forma. Se você tivesse coragem. Se ela não te beijasse com tanta intensidade. E se não te assustasse tanto o fato de que ela se parece demais com o seu mundo, meio bonito, meio antiquado. Por saber de alguma forma que já é só dela.

Como eu te odeio

Se eu tiver que te odiar pra te arrancar do meu peito, eu vou arrancar. E quando eu não sentir mais nada eu juro que nunca mais vou amar ... Nunca mais.

eu era exatamente aquilo que você queria, mas eu mudei para virar você. beijar o espelho sempre foi sua atividade preferida, mas será que a fricção quebrou o espelho? de qualquer jeito são sete anos de azar. eu continuo sendo você e você achou alguém que nem eu. você amou o que eu fui e eu amei o que você nunca foi. somos estranhos. acho que nunca nos conhecemos. Mesmo assim eu amo você de todo o meu coração. Amo você como eu nunca amei ninguém e sinceramente acho que não vô amar.

Mas eu quero preencher esse vazio, quero me apaixonar por alguém como eu me apaixonei por você. Quero que tudo o que sinto agora não faça mais sentido, que essa dor pare de me atormentar.

sangrar é respirar. você está se escondendo debaixo da fumaça do quarto. tente, sangrar é respirar. eu costumava...

eu não agüento mais.

você sabe que eu te odeio significa eu te amo.


eu tenho um buraco em mim. para todo e todo o sempre.

...

há uma longa estrada de podridão até o céu.

uma longa noite de sonhos indiferentes até o sol raiar.

um travesseiro molhado de muitas penas até o sono eterno chegar.

como desaparecer completamente.

sou eu que você quer em pé ao seu lado?

identifique minhas lágrimas.

eu bebi do veneno...

estou sozinha ou simplismente viva?

reze pelos mortos e lute pelo inferno da vida.

morra mundo filho da puta.

essa ilusão não é minha maneira.
tempo pra respirar.

Eu sonho com você toda noite. eu acordo berrando seu nome, chorando, mas agora eu só quero que você se vá. quero apagar seus rastros do meu coração, suas lembranças da minha cabeça. mas no fundo eu preciso lembrar.

eu não choro pelas coisas tristes que acontecem, e sim pelas coisas felizes que se foram. por algum motivo eu não reconheço o fim. sei que viveríamos juntos, sei que nos amavamos, sei que nunca poderíamos andar de mãos dadas pela rua por tempo demais. e mesmo assim eu entregaria minha vida para tentar.

eu tenho certeza de que nada disso vai embora.

Eu só queria que essa porra toda cessasse!

Dentro de mim

o passado já foi...

Ficar aqui me parte por dentro, e é literalmente o que acontece. Por mais piegas que isso possa parecer. Meu coração anda apertado, esmigalhado e eu sinto que perdi a minha luz. Foi quando eu falei pra vc guardar minha paz no seu bolso, agora eu caminho com um imenso peso nas costas, com difilcudade num universo onde tudo é preto e branco. Eu visto essa máscara que está tudo bem e que você vai passar com o tempo, mas só eu sei das minhas lágrimas e soluços que não passam. Dói lembrar, dói te ver, dói não te tocar e dói muito mais saber que você não é mais meu.

antes de partir eu verei todos os nossos momentos dançando ao som do vazio. antes de partir terei de que mesmo sendo só uma vez, eu pelo menos te tive. meus gritos não podem ser abafados e eu não conheço ninguém que está em volta de mim.

feche a porta quando for embora. você se esqueceu das bolhas do amor que fizemos. não merece estar aqui. todas as decepções no percurso da vida são simplismente mentiras reduzidas a pratica, e falsidade tranformada de palavras a coisas. agora eu acordo nesses dias sem cor que não vão me preencher.

preto e branco.
pegue minha mão e depois a largue

acho que me perdi de novo, agora que eu tinha certeza de fato de querer estar aqui. ontem eu deveria ter ido, mas fiquei. diga, diga meu nome! preciso de um pouco de amor para amenizar a dor. é fácil lembrar de quando tudo começou. eu sinto que já estive aqui antes. você não é meu salvador, mas mesmo assim não me vou. parece algo que já fiz antes, eu poderia fingir, mass ainda quero mais. apagar, feita pra apagar. a paixão é proibída de qualquer jeito.

Dói não ter você !

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mundo a escura

às vezes as circunstancias nos cegam, ás vezes deixam nossos olhos chamuscados. a verdade é que muitas vezes não conseguimos entender coisas que estão bem nas nossas frentes, obcecados por uma idéia ou uma crença. essas obsessões sempre aparecem, não importa relacionadas a que, prontas para nos fixar, para nos desviar. tudo que é demais, não faz bem, tudo que é fissurado, pode se transformar em doença. mas tudo que é tão forte pode nos levar para um patamar de penhasco. porém, não importa o quanto algo gruda em nossas mentes ou nossos corações, existe sempre um momento de luz, um momento onde decidimos ir em frente ou recuar, um momento onde tomamos uma decisão final, sobre um ponto de partida. são nessas vezes que escolhemos ficar cegos ou não, que escolhemos nos permitir mudar. o lado bom é que existe essa escolha, e que mesmo que ela venha em um ponto em que julgamos irreversível, podemos agarrá-la. podemos tomar a decisão e adquirir a consciência de que queremos ser melhores. quando escutamos as pequenas intuições, quando conseguimos identificar por um segundo que seja, um sentimento que fala com leveza sobre o caminho certo a tomar, então podemos caminhar para frente. quando algo terrível acontece e conseguimos sobreviver, existe sempre um lado bom; a lição. quando doemos e decidimos que queremos nos sarar, transformamos nossa dor em força, e essa força gera inteligência e sabedoria.

Tatuagem

não existe a comunidade underground, nenhum navio de piradas
bêbados iniciando suas vidas adultas com exercícios doentes, sujos, e
baratos de deformação corporal. somos simplesmente pessoas que gostam
de usar seus corpos como billboards. uma tatuagem é uma criação poética
e sempre mais do que o olho nú pode ver. quando uma tatuagem é cravada
em pele viva, sua essência produz um distresse único para a condição
humana mortal. tatuar é personalizar o corpo, criar uma verdadeira casa
e um templo para o espírito que mora dentro dele. tatuar então, é
manter os desejos espírituais e materiais do meu corpo, balanceados. a
beleza está debaixo da pele, e tatuagens vão até os ossos.

Lembre-se

viver é ter coragem.
erguer-se tombo após tombo com a cabeça levantada e mesmo se houver dor, abster-se de desculpas.
abster-se de "eu não possos" e eu "não consigos".
abster-se de "eu deverias" e "eu poderias".
lembre-se sempre de que cada tombo traz consigo uma reflexão, e que não existe alma sem reflexão.
lembre-se de que cada tombo não é acidente, que cada tombo traz consigo um sorriso em linha torta.
às vezes ficamos pensando o porquê de algo não ter dado certo, de não ter sido como esperávamos,
e um dia, tempos depois, percebemos que esse algo não ter acontecido, trouxe uma nova sucessão de eventos bons.

lembre-se sempre de tentar diferenciar o que diz sua cabeça do que
diz seu coração. os dois vivem digladiando, vivem em uma constante
luta, uma luta por controle.
quando aprender a diferença, lembre-se de equilibrar o que é racional com o que é sentimental.
procure sempre o equilibrio, tome sempre cuidado com os extremos.
mas mesmo se um dia for longe demais, o que sempre acontece, lembre-se de que sempre há uma solução.
a única coisa insolúvel é a morte.
lembre-se de que viver é uma opção, de que viver é uma dádiva. na vida há sempre tempo de recomeçar.

acima de tudo, lembre-se: viver é ter coragem, morrer é só escudo.
um escudo que não te defende, nem de si mesmo. mesmo que às vezes, chegue desfarçado de solução

Prerrogativa

enquanto puder respirar, tome cuidado com os extremos, diga o que quer
dizer, mas tente não ser maldoso. você devia sempre dizer obrigado,
deve gostar do seu cabelo, acenar para estranhos. faça o que tiver que
fazer, não olhe para o que os outros estão fazendo. pense antes de
comprar um carro, não case com alguém que conheceu em um bar. não
existe "ir longe demais", ame quem você é. não tenha medo do que está
te esperando, mas use um capacete para proteger sua cabeça. fique perto
da mão que te criou, preste atenção nos sinais, nunca desperdice vinho
caro. mime seu corpo, mime você, nunca trapaceie e divida sua furtuna.
cante quando estiver feliz, feche a porta se sua voz for ruim. não
acredite em um homem que sabe que está certo, não pule para frente,
aproveite seu vôo. seja bom com seu cachorro, dirija devagar quando
houver neblina, escreva uma música. mude de roupa todos os dias, ligue
quando estiver atrasado, fique seguro na hora de transar. leia o que
você gosta, esteja do lado do seu irmão. você pode perguntar porque,
mas não espere entender sua vida.

é estranho como você pode olhar para algo uma vez e ver uma coisa e depois olhar uma segunda vez e ver algo completamente diferente.
olho para cima e olho para baixo. tiro meus sapatos para ficar mais perto do chão. consigo pensar em muitas maneiras de estragar esses dias perfeitos, mas sinto coragem para me sentir bem hoje. de alguma forma nesse mundo esquisito, estou indo bem. podem dizer que essa paz de espírito nunca foi minha, mas me sinto bem.

Só um pensamento

os artíficios que te perseguem como um fantasma querendo te empurrar, te empurrar mais um gole, mais um trago, mais um passo, mais um salto, à procura da luz. de uma noite surgem sonhos, de uma noite surgem ilusões. dias de sorte, dias de glória, dias normais, como qualquer outro, e homens gigantes ficam de pé em enormes plataformas. você adquire um pouco do brilho quando está lá, e quando sai, volta para dimensão dos normais. por algumas horas, quando a sorte bate, você se sente especial. dispensa o pensamento de idealização, glorificação, e deixa enaltecer. bêbada por algumas horas, de ressaca por algumas semanas, depois que a onda passa você quer e necessecita mais. a vida por trás dos palcos, o crachá de acesso total, a vida que não precisa de amanhã, as festas que não podem acabar. embrigada de ilusão, de sonhos de menina, de distorção de guitarras.

... alteração da forma de uma corrente elétrica ao ser amplificada em um circuito.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Até cessar

Relacionamento é um campo de batalha, até que você se aposenta da guerra. de cada final de guerra que você marcha para casa como um sobrevivente, você trás uma cicatriz e um troféu.
Eu lembro bem de todas as bombas, eu lembro bem de cada minuto de descanso. Eu lembro que antes eu sangrava, todos os dias eu sangrava, e o desejo de morte batia à porta todas as vezes que precisava dar adeus. Todas as vezes que precisava perder, sentia a decepção dos meus colegas de batalha, aqueles dentro da minha cabeça.

Quando consegui sair de dentro desse mundo, tentei tornar-me espectadora. Eu ainda olhava para as cicatrizes de vez em quando e o troféu não me significava muita coisa. Eu tinha perdido e estava reconstruindo sozinha, todos os cantos que ficaram devastados.

Quando pulei dentro de novo, não sangrava tão profundamente, tinha mais resistência. mesmo assim haviam arranhões e a gritaria ás vezes me ensurdecia. Quando tudo estava bem eu sorria bem grande, e quando não estava, poderia haver sangue alheio. Eu achava que era louca, completamente maluca, enquanto arrancava os cabelos para tentar descobrir o porquê de todos os acontecimentos.

Eu só os descobri depois que essa guerra acabou...
nessa guerra que não é de países e sim a guerra do amor, é a única maneira de vencer. Você descobre que o outro não é seu inimigo e sim sua rocha.

Parece simples, mas não é.

As cicatrizes ainda estão aqui, mas se tornaram parte do meu corpo. Agora vejo que me prepararam para algo maior que estava à caminho e posso dormir em paz.

o estresse ao mesmo um estado ignorante... acredita que tudo é uma emergência. nada é assim tão importante. eu fecho os olhos e grito, tão alto eu grito, e toda a raiva navega pelo ar, atingindo silenciosamente o estado de espirito dos meus inimigos. depois eu deito e flutuo e o sono me come. dentro do meu inconsciente me sinto mais confortavel, mas não estou segura. quem sabe os planos que minha mente bolou? quem sabe o que quer me mostrar dessa vez? quando estou dormindo não consigo acordar. nos meus sonhos eu só corro, mas não consigo chegar. parece que corro contra as ondas, contra a água, contra a gravidade. olha, meu grito se transformou em música! um piano tão acelerado e macabro... eu não consigo decifrar. minha curiosidade quase me mata, quero uma soluçãoo agora, antes que o sonho chegue ao fim. sento ao piano e toco algo mais calmo. não dou bola para as lembranças daqueles que eu detesto e mexo os dedos graciosamente. os porta retratos em cima do meu piano de calda perdem o rosto.a cor do cabelo começa a mudar, a janela se abriu sozinha. não compreendo, mas sorrio. sinto o coração menos pesado. quando acordo não estou mais doente, não estou mais com odio. o silencio que não abre a boca os machuca muito mais do que o grito que entra em seus ouvidos silenciosamente. logo agora que eu tinha desistido de os flagelar...

Meu balanço

Por essa vez eu rasgo os bolsos e deixo tudo cair no chão. O que me satisfazia antes, já não me satisfaz mais. As filas de ovelhas empalhadas preocupadas em dançar e dormir, comendo carne mal passada, na sala de jantar, já não me cheiram bem. A procura no escuro por idêntidade, a obsessão por onipresença - estar em todos os lugares ao mesmo tempo - já não se categoriza mais à mim. E quando ponho os pés dentro das cavernas de luzes coloridas, tenho o único propósito de me divertir. no espelho enxergo eu mesma e não tento me encontrar em olhos e bocas alheias. Não encontro mais desafios. Me encontro novamente em uma fase com um piano de trilha sonóra. Não, não quer dizer que não fique por aqui, estourando os ouvidos alheios, com rock de boa e de má qualidade também. mas na minha alma toca um piano, um violino, um pássaro, uma ventania. O travesseiro é companheiro, durmo bem e, quando acordo fico à procura de programas completamente diferente para me excitar. Uma praia deserta, um vôo de asadelta, um bar sujo, um jantar de mafiosos, uma batalha de mcs... não estou assim mudada, estou aproveitando uma das minhas personalidades. e essa é uma que surge quando há muita segurança e muita paixão.
Prepare-se para o frio na barriga, prepare-se para cultivar borboletas dentro do estômago. O que você imaginou por todos esses anos está finalmente chegando. Você via as cenas na sua cabeça, você vibrava com todos os seus desejos. Colagens na parede sobre um futuro luminoso e agora cabe à você dar as mãos a ele. Está na hora de manter a cabeça no lugar, está na hora de olhar para dentro de ti. Está na hora de corrigir quaisquer erros passados teve, de manter os olhos na frente, enfim. O medo que vem junto com a excitação, faz com que tudo seja adrenalina. E a dor gostosa que se sente no peito, não poderia parar com morfina. Você está assustada, mas anseia pelo que virá depois. Precisa respirar fundo, se mostrar pro mundo, deixar de ser quem te assombrou. Começar com uma nova identidade, que ainda mostra o mesmo nome. Os rios estão se abrindo e você sabe que está com fome.

o nascimento de uma estrela é tão doloroso quanto o nascimento de uma criança.

Paisagem dos dias de hoje

É, acho que é isso mesmo. Eu estava no caminho certo e entrei no
trêm errado. Estava de olhos abertos e sabia, mesmo que pouco, quais
seriam meus planos. Agora que estou na direção contrária, fico tentando
voltar, mas estou sentada movendo tão rápido, que não posso me mexer.
As idéias e os conceitos cairam da minha mão e rolaram pelos vagões. Os
meus sonhos foram parar em algum lugar que eu não conheço. Antes eu
estava tão certa e agora eu quase nem sei qual é o meu propósito. É que
dessa vez eu não fiz nada errado, é que dessa vez a vida que escolheu
fazer isso comigo. Talvez achasse que eu tinha demais, talvez achasse
que eu não merecia tanto, e agora tirou muito de mim. Tirou para quem
sabe me ensinar à dar valor. É só nesse beco sem saída que vou
encontrar uma razão, parece, mas para onde correr? Essas crises de
indigência social não me deixam dormir em paz e eu sabia que mais cedo
ou mais tarde eu voltaria aos velhos padrões e tropeçaria. Estava tudo
bem demais e a vida precisa me lembrar que as coisas não são assim.Tantas vezes eu tentei ir além mas só consegui ficar presa no espelho do meu umbigo. Agora eu preciso
pagar. Passar pelo inferno para chegar ao fim dele. Para ser um ser melhor.
E eu sei que no final tudo se resume à apenas isso; ou eu escolho ser alguém que culpa o passado por quem é, ou eu decido tomar controle e criar o alguém que quero ser no futuro.