quinta-feira, 24 de julho de 2008

Garota TPM





Sonhar... como é engraçado sonhar! Imaginamos que a realização daqueles desejos tão singelos, trará consigo satisfação, felicidade plena. Estipulamos um valor para a idealização e achamos que quando chegarmos lá, nos "tornaremos" pessoas felizes. A ilusão é sempre cruel, a verdade é que com sonho realizado ou não, tudo é muito pequeno em comparação ao universo. Ninguém se torna feliz da noite pro dia, ninguém muda em um estalo de dedos. A felicidade vem, nos abraça, e depois enjoa - como maioria das coisas na vida - forçando-nos a pensar em novas metas. Não estou reclamando de barriga cheia, apenas estou me certificando de deixar aqui a marca deste sentimento que comecei a analisar ontem à noite, depois de ter desistido de ir à uma grande festa. Pensei sobre o peso que colocamos nos nossos sonhos, sobre a monstruosa cruz que insistimos em carregar. A condição do ser humano parece não permitir satisfação, parece obrigá-lo a buscar mais, sempre mais. Pelo lado bom, sei que não correrei o risco de tornar-me habitual, pois se eu chegar ao ponto de dizer que me acho muito boa no que faço, é porque me acostumei, me acomodei, me vendi. Achar-me sempre capaz de mais do que fiz e indignar-me, faz com que eu lute para provar capacidade maior. Inicialmente para mim, depois para o mundo. Esse mundo cheio de farpas na língua, essa mundo tão horrivelmente hipócrita, falsamente moralista. Certo sentimento de revolta se instala, é verdade. Marco esse texto como a meditação do mesmo. Acho que cansei de ter que me explicar milhares de vezes e sim, sei que a culpa é minha, pois escolhi esse caminho de olhos bem abertos. A irritação vêm de um simples questionamento, porém: será que é ingenuidade da minha parte esperar que as pessoas mudem a porra do disco? Enfim, acordei de mal humor, acontece.

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