segunda-feira, 26 de setembro de 2011

garganta arranhada, mente acelerada, sonhos prometedores que beiram a defraudação. às vezes é frustrante ficar em comando da construção destas prateleiras. quando os prêmios começam a ser organizados por ordem alfabética, há algo de errado com a recompensa. e cada troféu que merece fede. e cada vez que ela pensa, treme. seu desejo é irracional, não prescinde de suas comodidades. ela é levada sem razão, seus olhos crescem sujos de ganância. palpitações, cobiça, lubricidade. mesmo com a nuvem negra que persegue suas conquistas, não há como tirar de cena a excitação. o incitamento ganha, a pele grita, berra, socorro, quer desmaiar. depois de alguns tapas bem fortes, depois que uma nova história tiver terminado. para juntar as palavras na prateleira, para observar o resultado e urgir por outra ridícula competição imaginária.

cale a porra da sua boca, garota. você simplesmente fala demais. agora durma, durma, durma. quem sabe assim consiga acordar humana.

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