terça-feira, 26 de junho de 2012

Sinto a fragilidade humana pulsar sobre os meus olhos, me surpreendo. Mas nem tanto, eu sempre soube os riscos da vida e que senti-los não é uma opção. As flores precisam aprender seu lugar no jardim, e que são únicas de formas e jeitos. Ser flor não é defeito. E lá, na lua, eu tento ajudá-las. Não esperando qualquer retorno vil, quiçá por bondade, é que vim a terra com o intuito de prosperar o amor. E o faço de maneira inconsciente, tenho um mecanismo existencial que faz moradia em mim. E vez ou outra vem aquele meu esgotamento racional, a vontade demasiada de respirar, e sem conseguir, sorrio. Estou absorta das ignorâncias universais, sem paciência pra utopias astrológicas, estou cética, fria, e não tenho medo de mudanças. Minha alma é tão velha que a sabedoria se faz sempre presente, ignoro minha idade física, transcendental a todos os conceitos. Não vejo graça em brincar de amor, lugares cheios, sensos superficiais. Não tenho saco pra garotada, almejo tanto, analiso o sentir, e busco o equilíbrio entre todas as coisas. O mérito da sensibilidade não está em sentir e sim em compreender o que nunca será passível de fazer sentido.

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