quarta-feira, 11 de julho de 2012

Antigos questionamentos

Penso mais do que sinto fome, e do que falo. E fica sempre esse gosto indesejado de não me sentir completa, me olho no espelho e não entendo, parece que estou o tempo todo tentando não aparentar o que sou. Tomando cuidado pra que cada gesto expansivo não me limite, como uma capa protetora envolvendo minhas extremidades e afins. Acordo, e não sou louca. E repito de novo aquela mesma ladainha que até eu já cansei de escutar. Não muda nada, mesmo que tudo continue girando, faz parte do ciclo, ok, essa parte eu já entendi. Procuro não me prender ao céu da boca, tendo em vista minha infinidade de timbres e sons. Mais duvidosa do que nunca, sigo o trilho do bonde certa do risco, e arrisco. Sei que cada passo adiante é um ponto de interrogação, mas ora veja, aprendi cedo a beleza do desconhecido, e me atiro. Só por hoje, e com passos de bailarina, sei que nasci velha pra aprender a ser menina. - Você acha que voa alto ? Mas morre de medo de entrar em gaiola. - Na verdade você nem voa, filhote não sai do ninho. - Quem voa sou eu. Agora eu sei.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não muda nada porque eu amo cada pedaço teu. E se for pra voar vai ser do meu lado. A cada dia tô gostando mais dos seus textos , minha.


João

Botão Vermelho disse...

Meu, vc é muito meu.