terça-feira, 3 de julho de 2012

Ele segurou na minha mão

Ele tinha visto minha alma; mas só porque eu deixei, eu gostava dele só porque eu queria gostar, todo aquele sentimento na verdade era meu, não dele. Eu escrevia poemas diários porque é da minha natureza, eu confundia tudo porque fui criada achando graça da confusão de ser eu. Eu gostava dele porque me via nele, todo gostar é um pouco de nós, quase ego, mas não chegava a ser exatamente ego, era vontade de se assimilar com iguais, vejo no outro o que gosto em mim, quero ele perto porque sou mais mulher desse lado. Eu era algo tipo um degrau à perfeição, eu queria chegar ao meu melhor. Com o outro eu sou minha melhor versão. Por ele amar minhas gírias, a forma como eu falo ou prendo o cabelo, ou ainda a meneira desajeitada que eu coço o pescoço quando fico nervosa, todas as pintas do meu corpo. E eu amo quando ele diz que ficando brava aparecem furacões nos meus olhos e só de piscar destruiriam cidades imaginárias em algum lugar desses de sonhos. Ele me ama e com todo certeza posso dizer, comecei a amar esse outro mais doque pensei que podia amar. Ele vê o melhor de mim, algo que eu nem mesmo sabia poder ser. Do lado dele.

3 comentários:

Anônimo disse...

Do seu lado eu sou melhor. Pequena isso é só o começo. te amo

João

Botão Vermelho disse...

Os furacões é verdade heim. Marrentinha linda essa minha mulher.

João

Botão Vermelho disse...

Os furacões é verdade heim. Marrentinha linda essa minha mulher.

João